AS TRÊS CHAVES PERDIDAS (I)

as duas chaves guardadas por S. Pedro, representadas em todo o Vaticano, Roma

(continuação…)
«3. As três chaves perdidas: “Na alvorada do Tempo dos Homens, foram entregues três chaves às três grandes famílias de Homens que viviam sob um signo: a primeira era a Chave de Ouro do Conhecimento e foi entregue aos sábios que viviam sob o signo do Elefante. A segunda era a Chave de Prata da Acção, que levava também ao Conhecimento pelo caminho do sacrifício, que é o caminho dos heróis, e por isso foi entregue aos que viviam sob o signo da Águia. A terceira era a Chave de Ferro das Verdades da Terra e foi entregue aos alimentadores de todos os homens, que viviam sob o signo da Abelha. Quando os Sábios, os Heróis e os Alimentadores se separaram em nome das suas verdades e os Sábios e os Heróis julgaram que as suas duas famílias de Homens dependiam apenas da carne e do sangue e não em primeiro lugar do espírito que está no Homem, perderam-se as três Chaves"

«Ora, estava dito. “A partir de agora, ninguém que não possua as três chaves poderá agir sobre o destino final dos homens, para o Bem e a Verdade Suprema… E aconteceu que um herói juntou nas suas mãos a Chave de Ouro e a Chave de Prata. Foi o primeiro HROANG-TI, imperador e pontífice. Viveu em terras do Ocidente, à sombra do signo do Mediador Supremo que levou até à marca do Oriente. Com ele, esboçou-se o tempo do Homem Universal, o verdadeiro Tempo dos Homens e a sua chegada conta-se no número dos signos que foram feitos sobre os povos que passarão além do Tempo do Fim. Mas faltava-lhe a Chave de Ferro das Verdades da Terra e o seu tempo durou pouco… Quando morreu, a Chave de Ouro estava perdida. Decorreram mil anos. A Humanidade vivia o fim do Tempo dos Reis, vítima dos falsos sábios que não tinham qualquer signo e do seu próprio desconhecimento das Verdades da Terra. Mas também esse tempo, de longe em longe e de século em século, tinha visto passar os signos, incompreendidos, dos predestinados, perseguidos por tê-los feito… Sobreveio um herói que juntou nas suas mãos a Chave de Prata e a Chave de Ferro. Graças a elas, uniu os que viviam sob o signo da Abelha e os que viviam sob o signo do Zangão e rejeitou os que não tinham qualquer signo, mas esqueceu-se dos que tinham o Elefante como signo. Tentou inutilmente reparar a falta original dos Sábios e dos Reis, restabelecendo a velha verdade esquecida por determinados falsos sábios e pelos Reis – que as famílias de Homens dependiam em primeiro lugar do espírito que reside no Homem e não apenas na carne e no sangue das famílias de Homens. Só entenderam a sua linguagem os que viviam sob o sigo da Abelha, os que viviam sob o signo do Zangão e os que viviam sob o sigo da Águia, mas, como lhe faltava a Chave de Ouro, não conseguiu reter a Besta no limiar da Idade das Trevas e os Reis pervertidos e os falsos sábios causaram a sua morte, preparando assim a sua própria perda e os mais sábios dos falsos sábios disseram: “A sua vinda, a sua vida e a sua morte são um mistério da História dos Homens”, pois nenhum deles era suficientemente sábio para compreender que ele se contava no número dos três maiores signos que marcam os povos destinados a sobreviver aos Tempos do Fim. Ora, os profetas do Caminho disseram: “O Tempo do Zangão seguir-se-á à tentativa do herói…depois virá um terceiro herói e, depois dele, não haverá outro. Conforme reúna nas suas mãos as Três Chaves perdidas na alvorada do Tempo da Grande Subversão que precede a Idade das Trevas ou apenas dias delas, chegará o verdadeiro Tempo dos Homens ou então o Tempo das Abelhas e a seguir o Tempo da Besta , que é o Tempo do Fim…”»

«Os profetas só falaram assim porque sabiam que a parte da liberdade humana capaz de conferir a certos actos dos homens a preeminência sobre a Tríade só reveste o seu sentido mais elevado através do sacrifício do Herói. Assim, o Herói pode chegar, mas não está dito que encontrará as Três Chaves do destino do Homem. Pode chegar pois estamos no Tempo predito, que é o Tempo dos Zângãos e este Tempo está prestes a terminar, pois os profetas disseram: “o tempo dos Zângãos assistirá à realização de grandes obras. O Espírito da Terra animará os Homens desse Tempo…Os homens criarão coisas novas e maravilhosas, mas nenhuma sabedoria animará esse espírito. O Homem não mudará a sua natureza e as instituições desse tempo serão feitas em inimizade com os Heróis e os Sábios. Os falsos sábios adormecerão a miséria dos povos com palavras enganadoras; os poetas da família que não têm qualquer signo oferecerão as suas liras para cantar os seus próprios louvores e as torpezas do Mundo; em nome da liberdade, os povos serão sujeitos à escravatura; em nome da paz, travar-se-ão guerras, as mais numerosas e as mais vastas que os homens alguma vez conheceram; e haverá uma justiça para os falsos sábios e outra justiça para as famílias de Homens que vivem sob um signo…no entanto, os sábios e os poetas que vivem sob o signo do Elefante viverão em longínquas “tebaidas” e os Heróis exilar-se-ão ou meditarão em claustros sob as Três Chaves perdidas".»


(Esta profecia, denominada das “Três Chaves perdidas”, foi publicada em 1951 por Martin de Hauteclaire, no seu livro - Toute la Terre à Nous!, Denoël, 1951 - que afirma ter recolhido as palavras proféticas da própria boca de um mestre espiritual, um PHAP, num pagode da fronteira birmanesa)