GÁS: UMA QUESTÃO ESTRATÉGICA

os gasodutos são construídos devido a interesses e "políticas privadas" das empresas

O grande problema do gás na Europa não reside no facto de a Rússia ter fechado as torneiras do seu fornecimento à União, a qual depende em cerca de 55% desta energia proveniente daquele país. Acima de tudo, trata-se de uma questão de gestão territorial e diplomacia política. Os extensos gasodutos são infra-estruturas caras e que, nos dias de hoje, já não fazem sentido por múltiplas razões. Produzir gás ou energia no outro lado do mundo e fazê-la transportar a distâncias incomensuráveis não é uma medida lógica do ponto de vista da gestão económica, ambiental e territorial. Os resultados estão à vista…

Com o avanço da tecnologia, neste princípio do século XXI, seria de esperar que as nações de todo o mundo, e sobretudo a União Europeia, implementassem e dinamizassem a construção de soluções locais, regionais e nacionais para o problema energético. Substituir tecnologias obsoletas nas indústrias por tecnologia “verde” modernizada custa dinheiro e um grande esforço económico, e de certo que esta não é a melhor altura para investimentos. Mas os problemas vão surgir e têm de ser resolvidos. A população mundial de milhões de pessoas, não pode estar sentada, ao frio, à espera das lentas decisões políticas e das ainda mais lentas soluções técnicas industriais. A grande máquina da indústria está lentamente a parar e se parar, é a morte de muitos milhares de pessoas por todo o mundo… Será que esta estratégia fratricida interessa a alguém?…De certo que sim, caso contrário, em vez de se criarem ainda mais problemas, apareceriam soluções…