COIMAS E A “FORÇA” DA AUTORIDADE

os radares na periferia de Lisboa "servem" maioritariamente para "enriquecer" os cofres do Governo

As multas por excesso de velocidade duplicaram em 2008 face a 2007, “graças” aos inúmeros radares instalados em Lisboa. Esta medida de “segurança” visa, mais do que a segurança dos condutores, a “segurança” dos cofres do Estado. Se por um lado é necessário aplicar coimas como forma de prevenção, o exagero da aplicação de medidas coercivas pode tornar-se num verdadeiro inferno para os condutores que necessitam diariamente de utilizar um veículo para exercerem a sua profissão. Algumas pessoas, recebem em sua casa dezenas de multas anualmente, pelo excessivo rigor dos radares instalados, em geral, nas vias de circunvalação das cidades, onde nem por isso interessa que a velocidade seja de 50 km/hora… Foram multados um total de 298.500 condutores (193.297 graves, 81.471 leves e 23.732 muito graves) apenas em Portugal continental.

Perante um cenário destes ainda há quem se tenha admirado daqueles que, para fugirem às operações-stop, atropelaram em 2008 inúmeros agentes da PSP e da ex-GNR, alguns deles mortalmente. É certo que muitos agentes da autoridade mantêm alguma arrogância “salazarista”, própria de pessoas que eram de zonas interiores, pobres, e que de repente, se vêem com “excesso de poder”, o qual não moderam com a sabedoria da vida, mas daí a odiá-los desta forma... Ainda para mais, como querem que os portugueses respeitem as ditas “forças da autoridade” quando vemos alguns destes agentes e ex-agentes da “autoridade” participarem criminalmente em assaltos a multibancos e gasolineiras (como muitas vezes sucedeu em 2008), matarem as suas mulheres ou respectivos amantes por ciúmes a tiros de pistola, utilizarem-se de violência doméstica para manterem a ordem no seio das suas famílias ou como um caso mais grave, o rapaz que há alguns anos viu a sua cabeça ser friamente cortada com uma faca de mato, por um sargento da GNR, de Sacavém, em Maio de 1996, dentro da própria esquadra onde era interrogado “amigavelmente” ?