A MÁFIA DO CARNAVAL

o Carvaval de Veneza, das elites, assemelha-se às festas privadas e ágapes dos Illuminati

Não se pode pensar numa máfia específica do Carnaval, mas antes em grupos económicos que tiram bastantes dividendos com esta celebração. Originalmente, proveniente de ritos profanos, antes de se dar início o jejum da Páscoa, o Carnaval era por definição a festa da carne (a “carne” vale) que precedia os rituais purificadores que evocavam o martírio e a Ressurreição de Cristo. Hoje, as festas em que o corpo se sobrepõe ao espírito, em danças evocativas de lascívia satânica, são maioritariamente festejadas em discotecas e clubes privados, nas cidades, ou em desfiles e corsos nos locais onde ganharam mais fama e tradição. Nas aldeias, máscaras originais feitas com materiais simples, escondem os homens que, encarnando o papel de diabos e demónios, buscam e atormentam as raparigas virgens e inocentes, despertando nelas sentimentos contraditórios de desejo e castidade, em iniciações psicológicas, numa espécie de catarsis do conhecimento sexual, considerado profano, mas necessário à continuação da vida. Hoje, o aproveitamento económico da festa, leva a que muita da sua essência fique por festas sem alma, com desfiles de máscaras grotescas, sem charme ou estilo, nem a autenticidade e sentido iniciático existente nas simples e humildes festas de aldeia, em que os demónios agitam os seus guizos e sinetas, gritando e perturbando a ordem estabelecida. O aproveitamento sexual desta festa hoje, não será muito diferente do já existente nos seus tempos remotos, pois seja qual for, será sempre dentro do espírito da “carne vale”. No entanto, as máfias do sexo e as máfias da noite, vêm neste período, os seus lucros acrescidos, dado o enorme furor suplementar que gira , nestes dias, à volta dos foliões embriagados que procuram extraordinariamente as orgias e festas privadas de sexo “non-stop”. Afinal de contas, a eles é especialmente dedicada esta festa satânica, e por isso, profana...