LOUÇÃ: "GOVERNO RECONHECE QUE RECESSÃO É O EFEITO DA SUA POLÍTICA"

Louçã coloca o dedo na ferida de um PS decadente e perdido aos olhos da UE e do país

“O Governo demonstrou que sabendo que há recessão, quer continuar em frente”, considerou Francisco Louçã, anunciando que o Bloco contestará as novas medidas de austeridade, apresentando um PEC alternativo para o país “não cair na aventura que é a bancarrota ou o FMI”. “O Governo reconhece que o efeito da política que aprovou, aliás, com o PSD, é a recessão”, afirmou Francisco Louçã, acrescentando que o líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, “pode pedir desculpa ao país, mas ele votou o congelamento das pensões e a diminuição dos salários”. O responsável do Bloco de Esquerda comentava assim as novas medidas previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que o Governo entregou esta segunda-feira na Assembleia da República, falando à margem de um jantar com mais de 150 apoiantes na Chamusca, durante as jornadas parlamentares do Bloco.

Já durante a sua intervenção, Francisco Louçã desafiou o Governo de Sócrates a ir a eleições e a pedir o voto dos portugueses que vêem as pensões congeladas, os salários diminuídos, os despedimentos mais baratos, a precariedade do emprego e a recessão da economia. “Que vá a eleições”, reforçou o dirigente bloquista, enquanto teceu duras críticas a Sócrates e Passos Coelho, afirmando que “nestas eleições há gato por lebre, pois Passos Coelho já veio propor um Governo do PS com o PSD”. Ao mesmo tempo, garantiu que “o Bloco de Esquerda vai à luta para derrotar o PEC 4 na próxima quarta-feira e para mostrar que há alternativas” a estas medidas de austeridade propostas pelo Executivo.
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