FUNCIONÁRIOS CONTRA AUSTERIDADE NAS INSTITUIÇÕES EUROPEIAS

crise económica europeia começa a causar demasiados danos colaterais

Em tempo de crise, Bruxelas quer reduzir custos, mas os funcionários europeus não estão dispostos a pagar a fatura. Numa assembleia geral, na sede da Comissão, assinaram um pré-aviso de greve. Uma forma de fazer pressão sobre as negociações do próximo orçamento que prevê cortes nos salários e nas reformas e redução de efetivos. Para esta representante sindical, os direitos dos funcionários são inalienáveis porque eles “representam todos os cidadãos europeus”. Os rumores que circulam e uma carta assinada por oito estados membros pedindo cortes nas condições de trabalho bastaram para por em pé de guerra os sindicatos, que denunciam uma tentativa de enfraquecer as instituições europeis. Mas nas ruas, as reivindicações dos funcionários são difíceis de perceber: “Não penso que tenham razão. Já têm privilégios suficientes”, afirma uma mulher. Outra defende: “Em todos os estados membros as pessoas estão a perder privilégios e dinheiro, por isso penso que é normal que estas medidas sejam tomadas também nas instituições europeias”.