FIM DAS GOLDEN SHARES É "CHUTO" NA CORRUPÇÃO DE TOPO

"um grande dia para Portugal" afirmou Patrick Monteiro de Barros

Em entrevista à SIC, defendeu que a eliminação das “golden shares” vai permitir “uma limpeza da casa”. O fim dos direitos especiais do Estado nas empresas “é um grande dia para Portugal. Vamos dar uma limpeza da casa, ao retirar do meio económico todo este clã dos chamados grandes gestores públicos, os ‘jobs for the boys’, a chamada cultura do tacho”, afirmou Patrick Monteiro de Barros, empresário, em entrevista à SIC. “A limpeza que se vai dar com o fim das ‘golden-shares’ vai atrair investimento estrangeiro, de que nós precisamos”, explicou, adiantando que, neste novo enquadramento, é um potencial candidato às privatizações. “A partir do momento em que as regras do jogo são iguais às de outros mercados, com certeza que estou interessado”, afirmou, sem especificar quais as empresas que podem atrair o seu possível investimento. O empresário com interesses no sector energético, critica o facto de “Portugal ter privatizado [empresas] para fazer encaixe, mas quis manter a gestão, manter uma voz invocando que é estratégico. Se é estratégico não se vende. Agora não vai com subterfúgios a dizer que o Estado não nomeia administradores mas tem poder de veto sobre um terço do conselho e o presidente. Deu este resultado. O tecido económico e empresarial sofreu muito. Com ‘boys’ as coisas não andam”. Monteiro de Barros diz que não há uma situação comparável no Ocidente. “Tão mau como esta [situação em Portugal] não conheço no mundo Ocidental”. (in, Jornal de Negócios).