HOMENAGEM A MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO

até ao último momento, escreveu e falou com Verdade e pela Verdade

O funeral de Maria José Nogueira Pinto realiza-se hoje pelas 18h, na aldeia de À-dos-Negros, em Óbidos. O corpo da deputada esteve nas últimas horas em câmara ardente na capela da casa da família. Maria José Nogueira Pinto morreu nesta quarta-feira, de cancro no pâncreas, aos 59 anos. Era deputada na Assembleia da República, eleita como quinta candidata na lista pelo círculo de Lisboa do PSD. Embora já gravemente debilitada pela doença, participou ainda na sessão parlamentar que elegeu a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a 21 de Junho. mas já esteve ausente da discussão do programa do Governo. Nascida em Lisboa, a 23 de Março de 1952, Maria José Pinto da Cunha de Avillez Nogueira Pinto, era filha de Luís Maria de Avillez de Almeida de Melo e Castro e de Maria José de Melo Breyner Pinto da Cunha e irmã da jornalista Maria João Avillez e da especialista em moda e imagem Maria Assunção Avillez. Era casada, desde 1972, com o jurista Jaime Nogueira Pinto, que conheceu na Faculdade de Direito, e mãe de três filhos, um rapaz e duas raparigas. Jurista de formação, Maria José Nogueira Pinto destacou-se na vida política como figura de Estado e dirigente partidária. Entrou para a política pela mão de Cavaco Silva, de quem foi uma entusiasta apoiante até ao fim, tendo integrado a comissão de honra da sua recandidatura a Presidente da República, na campanha eleitoral do final do ano passado, altura em que já sabia estar doente. Fica aqui a nossa homenagem a uma lutadora contra a corrupção, uma mulher que na política e na vida social deu tudo para elevar o nível e qualidade do debate em torno dos problemas nacionais. Ficou célebre a sua enigmática frase dita a Paulo Portas em congresso: "Eu sei que o sr. sabe que eu sei o que o sr. sabe que eu sei".