WALL STREET NO VERMELHO: EUA CORREM RISCO DE INCUMPRIMENTO DA DÍVIDA

se o plano de Obama não for aprovado começará a espiral descendente em Wall Street

Faltam 150 horas para o dia D - 2 de agosto - avisa o relógio da contagem decrescente colocado pelo Business Insider. O impasse político sobre a subida do teto de endividamento federal norte-americano continua a provocar estragos, ainda que limitados. Pelo segundo dia útil, depois do anúncio público do rompimento entre Obama e os Republicanos, que Wall Street fecha no vermelho. Ontem o índice Dow Jones caiu 0,7% e hoje voltou a cair 0,73%. Onde o impacto desse impasse mais se sentiu foi na variação da probabilidade de incumprimento da dívida soberana americana - no risco de default. Hoje foi o país do mundo com maior variação diária, superior a 3%. Esse risco passou de 4,5%, antes do rompimento político, para 4,90% hoje, segundo dados da CMA DataVision. É, naturalmente, um risco muito baixo, inferior inclusive ao da dívida alemã que está em 5,35% ou da dívida francesa que está mais acima, em 9,77%. Mas a variação no caso americano assinala o nervosismo nos mercados da dívida. O dólar continuou a desvalorizar-se face ao euro (que vale, agora, 1,45 dólares), ao iene e ao franco suíço. Refletindo o clima pessimista sobre a gestão da crise da dívida americana, o preço do ouro prossegue a sua subida. Está no mercado spot esta noite a negociar acima de 1619 dólares por onça, acima do valor de fecho de ontem e fixando novo máximo histórico. Nos últimos 30 dias, o ouro valorizou 6%. Plano Republicano de "duas fases" poderá cair amanhã.
O plano desenhado pelo speaker John Boehner, líder Republicano e presidente da Câmara de Representantes, poderá não passar amanhã na votação.