ESPANHA EM PESO CONTESTOU REFORMAS LABORAIS DO PP

Espanha promete lutar contra a implementação da extrema-direita e das suas políticas anti-sociais 

Grandes manifestações são primeiro grande desafio às mudanças impostas pelo governo Rajoy Dezenas de milhares de pessoas desfilaram nas ruas das grandes cidades espanholas em protesto pela reforma laboral do governo do PP, que entre outras medidas reduz as indemnizações por despedimento. A nova lei flexibiliza o mercado de trabalho para empresas que estejam três trimestres a perder receitas e a contratação coletiva perde influência.. A Espanha tem um desemprego recorde de 23,5% e muitos economistas culpam a rigidez da lei. Os protestos foram convocados pelas centrais sindicais e reuniram, segundo números sindicais, meio milhão de pessoas em Madrid e 450 mil em Barcelona. Desfilaram também os "indignados" (movimento 15-M) e os protestos contaram com a presença de delegações socialistas. Nos cartazes podia ler-se que a reforma laboral é "injusta, ineficaz e inútil". Os sindicatos dizem que a reforma laboral vai apenas aumentar o desemprego, ao facilitar os despedimentos, e ameaçam prosseguir a luta com uma greve geral. Em resposta a este primeiro desafio político de grande envergadura, o primeiro-ministro Mariano Rajoy disse que a reforma laboral "é justa e necessária". Os conservadores afirmam que têm um mandato reformista e que as novas leis laborais são necessárias para os milhões de espanhóis sem trabalho.